30 dezembro 2008




Deusa de Ébano


Oh Ébano solta tua deusa
Menina, mulher, divina
Ébano solta teu calor
Rasga meu peito pra não morrer de amor

Mostra ébano o sol nascente de um amanha
Morde esse peito que hoje se faz sã
Ébano me castiga com essa vontade
Esse beijo que minha boca hoje tem necessidade

Aflora em mim tal insanidade
De tê-la nos meus braços ainda no cair dessa tarde
For de lótus, riso de hera
Meus braços teimam e ficar a tua espera

Teus olhos negros penetram-me a alma
Meu colo esta a espera da tua graça
Oh ébano porque a soltas
Ao sabe tu que ela me aflora
A vontade já guardada

Ébano deus complacente
Da a mim essa deusa temente
E seu riso não me faça um pranto
Mas teus beijos me deixem em encanto

Teu abraço não seja distante
E meu desejo seja saciado nesse instante.
Ébano traga-a agora seja meia noite
Ou qualquer hora...

Traga a mim o cheiro
Dessa doce deusa na aurora
Da manha que chega
A noite que cai
Faça seus braços não me largarem
Jamais.


Geane Carmo
27/12/08

Dedicado a Kell com muito carinho
A uma Deusa de Ébano

22 dezembro 2008






Lembranças do último amor.



Amargo sentimento de perda
Amarga vida que resta
Amarga o amor sentido
Amarga dor

Teus olhos me perseguem
Nas noites que me restam
Teu olhar me atormenta
Minha tormenta
Lembrar-te

Teu calor hoje ausente
Nos dias presentes
Minha dor conseqüente
E o medo de, de novo amar
Mato em mim o amor.

Ainda é gritante a cor de tua pele,
Branca, que tu costumavas ‘anegrar’
Que minha boca costumava beijar.
Que meu corpo na noite costuma procurar
Mesmo hoje, lutando pra não te achar.
Morro em fim.

Tuas mãos que muito me acalmaram
Tuas mãos que muito me tocaram...
Que marcaram minha pele em viva carne
Hoje não mais posso nelas me deleitar
Hoje não posso nelas mais me guardar.
Não mais as elas beijar

Colo, ah esse colo que era tão só meu
Não mais posso deitar,
Não posso mais deixar do lado de fora
Da porta da entrada, todas as dores
E me refugiar nesse colo,
Esse colo que tanto adorava me esconder
Não tem nele mais lugar pra refugio meu

Ainda é constante a vontade de teu beijo
A vontade de sentir que o mundo parou,
Quando estava em teus lábios,
Por um momento eu tinha paz.
Hoje se faz inferno lembrar
A eles não hei mais de tocar

Cheiro, sim o cheiro e nesse momento vou chorar
Não poderei mais sentir o cheiro de tua pele
De madrugada a me encantar...
Não terei mais surpresas à noite,
Não verei mais o sol brilhar no meio da madrugada
Quando tu vinhas me acordar...
Hoje o sol não brilha nem em pleno meio dia.
Findo à vida.

Ontem fui tua vida
Hoje morri pra ti.

Ontem fui teu amor
Hoje nem sei quem sou

Ontem eu era para sempre
Hoje sou nímio.

Ontem eu queria te ver ...
Hoje eu quero morrer

Ontem você era meu tudo
Hoje outro alguém é tudo pra você.

...

Geane Carmo
21/12/08

Escrito ao som de Rondó e lágrimas, de Alberto Rosemblit.
Inspirado no ultimo amor que tive pra que eu nunca esqueça a tormenta de amar.

12 dezembro 2008





Mão única


Há uma linha
Uma linha reta
Uma linha numa estrada certa

Há uma curva
Uma curva aberta
Uma curva e um sinal de alerta.

Há uma parada
Uma parada inserta
Uma parada obrigatória em uma via discreta.

Há um caminho
Um caminho único.
Uma caminho de ida e uma volta duvidosa

Há uma rota
Uma rota destra
Uma rota determinada no mapa da nossa estrada.

Geane Carmo
21/10/08

04 dezembro 2008




Um poço

Ao largo da via da vida
Ao ponto da estrada de partida
Ao redor do mundo que ainda gira

Um poço

Artesanal, feito a Mão
Feito de um coração
Um poço de lagrimas
Um gosto amargo
Um poço de saudade.

Um poço

Artesanal, feito de vaidades
Um mal, que alastra a alma da verdade
Vaidade, um poço de maldades.

Um poço
Um gosto...
Um rosto de saudades
Um poço de vaidades.

Geane Carmo
21/10/08