25 setembro 2010

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O que seria da musica sem a voz que a canta
Da letra sem a mão que a escreve
Da dor sem quem a sinta
Do amor sem quem o perca

O que seria do mar sem a lua para deitar
Do sol sem o calor para esfriar
Do mundo sem tormenta pra mudar
Do bem sem o mal que o levou

O que seria dos olhos sem tem o que olhar
Do beijo sem a boca pra beijar
Do cheiro sem o abraço a divulgar
Do acerto sem o erro para ajudar

O que seria do carinho sem a tristeza pra ninar
Da alegria sem o riso pra contar...

Geane Carmo
Setembro 2010.

Declaração Silenciosa





Declaração Silenciosa.


Eu gosto do teu olhar
Perdido em si
É como observar orvalhos na manhã
Simples e complexamente perfeito

Adoro notar sua face, rubra
Quando sem graça fica,
Gosto de observar seu Disfarçar

Qual a reação de um buque de flores ao chegar.
Qual a sensação de ganhar uma vida
para de ti cuidar.
...Sou eu!

De longe, ou perto.
Apenas cuidar.
Guardar.

Eu gosto de teu andar meio sem jeito
Meio sem espaço, teus passos soltos
Desprendidos, timidamente inseguros,
Você sabe quem é você?

E se descobrir, não se aflija por mim.
Estou só de passagem, não vou aqui ficar.
Só vim trazer versos soltos, e um torto gostar.

Proibidamente te olhar,
Estou indo embora
Não posso ficar.

Mas não até a hora de você chegar.
Quero te olhar, e no olhar me despedir.
Dizer adeus, e partir.

Fala, estou pronta pra te ouvir,
Me diz pra ir,
Me manda embora daqui!

Já comprei cola e cordão
Para colar esse teimoso coração
Já comprei gelo e isopor
Para lançá-lo anestesiado lá
E não sentir dor.

Não brigue comigo eu já vou!
Mas deixa-me dizer que não é de agora
Foi desde meu chegar, só não podia falar.

Mas se estou indo embora
Não posso comigo esse segredo levar.
Eu gosto de você não posso negar

Não precisa se distanciar
Não precisa mudar
Estou indo embora.
Mas não vou dizer teu nome.

Geane Carmo
02.09.2010