15 setembro 2008

Amor Entre Os Dentes


Dali Eterno em mim Amado Dali.



Amor Entre Os Dentes


Eu não queria nunca ter sabido o que era amor
Mil vezes viver no seco e doloroso recinto da solidão!
É mais calmo destrói, mas aos poucos.

Já o amor não!
Ele vem te enchem de vontades desejos
E te puxa o tapete de vez mata de vez e você sente!
E por mais que tenha sido feliz!

A dor é mil vezes maior, mais truscidante!
E não perdoa e não da trégua!
Apenas te mata, te fuzila!
E te deixa sem chão!

Já a solidão te arrasa também
Mas não da mesma forma!
Ela faz aos poucos e mata gradativamente
Você nem sente, nem chora ate sim...
Mas não com a mesma intensidade de amor perdido.

Quanta dor nesse peito cansado
Quanto amor eu já tive desperdiçado!
Quanta vez quis estar ao teu lado!
Quantos beijos joguei fora só pra sentir o frescor.
De teu hálito...

Ah maldito labor que levo em mim
Acordar te ver, morrer e mesmo assim sorrir.
Isso é dor, isso é penar! Eu não quero mais Amar.
Eu quero uma fuga por mais que ela vá me custar à dor que for

Eu só preciso saber que eu não tenho mais em mim esse amor
Preciso não mais depender de teu olhar
Não mais me prender a teu gostar
Não mais morrer no teu adeus
Não mais sofrer com a partida
não mais cair nessa vida!

Eu quero espancar meus medos...
E acreditar que nunca ninguém vai mais se atrever a me amar!
Eu preciso matar em mim essa esperança!
Essa lúdica e falsa esperança que sinto
De que um dia vai ser diferente
Mais provas que não irei, eu já tive.

Só não sei o porque insisto em acreditar!
Eu quero acabar com essa minha coisa particular
Essa minha indefesa extrema!
Eu tenho que acabar com esse sentimentalismo
Tosco e bobo de coisa alguma!

Eu preciso me perder pra poder me achar
E descobrir que eu não dependo mais de teu olhar
Eu tenho que me achar e devolver a mim mesmo à vontade
Que eu tinha de viver... Arrancar essa dor de mim.

Eu necessito da eloqüência de meus sonhos por dias melhores
Sem que neles haja a necessidade de você estar ao meu lado!
Porque eu sei que você não vai estar então não posso sofrer com essa vontade!
Eu não posso mais!
Eu não quero mais morrer por esse amor que não eu tive
Que eu senti
Que eu vivi só pra mim algo "egoistamente" só meu!
Que eu guardei
Que eu levei
Que eu sonhei
Que eu perdi
Que nunca foi pertencente a mim!

Eu preciso me desprender dessa coisa que rouba o ar
Desse amor que mata só pelo fato de amar!
Lagrimas já não tenho mais pra chorar
Vida eu não tenho mais pra dar
Força eu não tenho mais pra gastar

Tudo foi esgotado e destruído
Tudo foi levado e sucumbido
Vida foi tomada e destruída
Força foi levada e esgotada
Lagrimas somam as águas de um rio sem fim!
E eu com riso amarelo e leso
Solto no ar, dizendo boa noite eu vou me deitar.


Geane Carmo
17/04/2004

6 comentários:

Anônimo disse...

Oi poeta geane!Vi um pouco de seu blog e AMEI!
Grata pela oportunidade.
beijopoesia*

Anônimo disse...

Oi anjo,gostei dos poemas,
apesar de alguns serem tristes,
no momento vivo um amor,
q espero q não tenha um final,
parecido com esse poema,bjs bb.

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Unknown disse...

G, eu queria ler um poema seu que não falasse de tristeza, disilusão... tu tah me lembrando Alvares de Ezevedo e suas mulheres inalcançaveis, seus amores impossiveis.
Tudo é possivel e a felicidade é uma possibilidade a um passo seu.
Beijos
P.S: Ainda tenho poemas seus de mil seculos atras.

Anônimo disse...

Eu tb queria não ter conhecido o amor...

Kah Alves disse...

caralho... os poemas estam perfeitos!! mt emo!!!
amei :)